Chinesa no mercado brasileiro de jogos


Trechos da matéria de O GLOBO
Por Vivian Oswald (02/10/2016 4:30 - Atualizado 02/10/2016 15:52)

"A chinesa Funplus é outra empresa de olho no público brasileiro. Talvez muitos nem saibam, mas o jogo Fazenda feliz - nome mais brasileiro impossível - com o qual dois milhões se divertem pelo celular também é made in China. Há quase cinco anos na China, o operador de games paulista Francisco Assumpção é um dos anônimos por trás de jogos da companhia usados por brasileiros, a maioria, segundo ele, ainda fabricada no exterior. Nascido em São Carlos e formado em Economia pela Universidade de Campinas, Francisco é um dos intermediários entre a Funplus e os usuários brasileiros. Cabe a ele fazer a ponte entre a realidade chinesa e a brasileira. Foi assim que o game passou a ter o evento festa junina, por exemplo." 
"- Faço as traduções dos jogos para o português e adapto os cenários e fases aos nossos costumes. É uma das estratégias para aproximar os jogos do público, para mostrar que foi feito para ele - diz Francisco."
"Sediada em Pequim, a empresa tem cerca de 500 empregados criando e vendendo jogos para o mundo inteiro. Embora os brasileiros sejam os usuários mais numerosos da Funplus, não é deles que a companhia tira a sua principal receita. Segundo Francisco, o público do Brasil tende a baixar os jogos gratuitos e gasta pouco em novas vidas e outras opções. Quem mais gasta são americanos, alemães e russos. O escritório da Funplus também tem clima descontraído, com lugares destinados à sesta, bichos de pelúcia de estimação enfeitando as mesas. O calendário de trabalho respeita a semana chinesa, com seis dias úteis. Mas os usuários podem ficar tranquilos porque tem sempre um brasileiro de plantão para tirar dúvidas, alimentar a página no Facebook e lançar promoções."
"- Não há pergunta sem resposta. Temos metas de tempo de atendimento - conta Francisco."

"A indústria de games chinesa não para de crescer. As vendas devem aumentar, em média, 7,4% por ano de 2016 a 2020, segundo a consultoria PricewaterhouseCoopers. Mais do que o esperado para a média mundial, que é de avanço anual de 4,8%, segundo relatório sobre entretenimento e mídia. Nada mais natural do que ir atrás de um mercado consumidor crescente. De acordo com a E-marketer, o Brasil é o quinto maior do mundo e deve ser um dos que mais avançarão nos próximos anos."

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